Com base no Método de Desenvolvimento Natural, criado pela professora Maria de Lourdes Pereira da Silva, a diretora Júlia Maria Passarinho desenvolveu a Pedagogia da Interação Expressiva. Um processo humanista, em que o respeito à expressão artística e ao pensamento individual de cada aluno é valorizado, resultando na formação de cidadãos independentes, participativos e determinados a realizarem seus projetos pessoais.

Na Pedagogia da Interação Expressiva o aluno é respeitado como pessoa. É favorecido na busca da auto percepção e incentivado na sua autonomia. Isto faz com que se transforme no construtor do seu processo de aprendizagem. Emoções, memória, raciocínio, experimentos e ludicidade estão sempre associados ao conhecimento adquirido.

O conhecimento sistematizado não é tratado de forma dogmática e sem significado. Nesta prática educacional, o aluno descobre o valor de sentir, do perceber, do construir, do solucionar. Ele explora, conclui, conceitua e aprende dando sentido prático aos conteúdos estudados. Tem consciência do que é, do que pode e do que sabe, buscando constantemente o próprio aperfeiçoamento.

O domínio do conhecimento permite ao aluno realizar com independência os deveres de casa, numa sistematização prazerosa dos conteúdos. O aluno é sempre lembrado que a produtividade é diária. Participação, interesse e empenho são constantemente registrados, avaliados e revisados. Habilidades, limites, produções e participações são importantes para o processo de avaliação.

Quando pequena, Júlia Maria Passarinho sonhava em ser professora e ter uma escola. Cresceu, e quis ter e fazer uma escola diferente. Onde a criança fosse respeitada. Onde a educação desenvolvesse os dons e habilidades necessárias para termos adultos equilibrados, capazes e felizes.

Na Universidade, encontrou a teoria para esta prática: o Método Natural. Foi atrás da autora D. Maria de Lourdes Pereira da Silva, que supervisionou a implantação do trabalho. Com alegria, D. Lourdes viu a escola crescer e o método ser aplicado não só na alfabetização, mas também nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Mais de vinte anos depois deste encontro, os ex-alunos são visitas constantes, especialmente no final do ano. Levam para Júlia e Cris, com orgulho, os convites de formatura. Eles agradecem a formação de base sólida que tiveram: aprenderam o respeito que precisavam para vencer todas as etapas e dificuldades de fazer escolhas, na vida e no exercício profissional.

Este resultado confirma à Júlia e a toda equipe do INDI que estão no caminho certo. Um caminho de 24 anos de entrega, muito trabalho e confiança nas crianças e jovens, que só foi possível com o apoio do pai, Jarbas, do marido, Roberto, e do trabalho solidário da companheira de escolas, a Cris. Desde a casa alugada na QI 02 do Lago Norte, em 1977, até a construção da escola, em 1987, que oferece todas as séries do Ensino Fundamental.

Neste período, algumas coisas mudaram na escola para garantir e fortalecer a aplicação do método. Hoje, o INDI possui uma estrutura de escola sedimentada nos princípios da educação inovadora, que garantem o seu espaço em Brasília. Fora da escola, também aconteceram mudanças: as universidades passaram a ensinar uma educação mais humanista, busca do ritmo, do lúdico, da identidade, do atendimento mais específico e individualizado da criança e do jovem. Tudo o que o INDI conhece profundamente, na teoria e na prática.